Mauricio Nogueira Lima

Mauricio Nogueira Lima

Maurício Nogueira Lima

Recife, Pernambuco, 1930 - Campinas, São Paulo, 1999.

Pintor, arquiteto, desenhista, artista gráfico, professor.

Aos dois anos de idade, muda-se com a família para São Paulo. Entre 1947 e 1950, estuda artes plásticas no Instituto de Belas Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, em Porto Alegre. De volta a São Paulo, em 1951, freqüenta cursos de comunicação visual, desenho industrial e propaganda no Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp, onde conhece Alexandre Wollner (1928), Antônio Maluf (1926 - 2005) e Leopoldo Haar (1910 - 1954). A convite de Waldemar Cordeiro (1925 - 1973) integra, em 1953, o Grupo Ruptura e participa de diversas mostras de arte concreta nos anos que se seguem. Estuda arquitetura na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, entre 1953 e 1957. Em 1958, é responsável pela criação da logomarca e programação visual da 1ª Feira Internacional da Indústria Têxtil - Fenit, em São Paulo e, em 1960, realiza as primeiras grandes instalações ambientais para indústrias automobilísticas no Salão do Automóvel. A partir de 1974, leciona, entre outras escolas, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - FAU/USP, onde conclui mestrado e doutorado na área de estruturas ambientais urbanas. Nas décadas de 1980 e 1990, realiza diversos trabalhos em espaços públicos, como a praça Roosevelt, largo São Bento, estações de metrô e no elevado Costa e Silva, todos em São Paulo.

Mauricio Nogueira Lima estuda, entre 1947 e 1949, no Instituto de Belas Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Freqüenta o curso de comunicação visual e propaganda no Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo, entre 1951 e 1956. Nesse período desenvolve trabalhos no campo da comunicação visual, ao lado de Alexandre Wollner (1928) e Antônio Maluf (1926 - 2005).

Na tela Composição 1, 1952, cria ritmos horizontais e verticais, apresentando incidências vermelhas e negras que se contrapõem à superfície branca do suporte. Gradualmente adere à pintura concreta, passando a integrar o Grupo Ruptura em 1955. Além do interesse pela disciplina construtiva, o artista dedica-se a uma crescente experimentação cromática, como na tela Sem Título, 1962, na qual apresenta, distribuídos sobre um fundo vermelho, pequenos quadrados em ocre, azul e verde. O uso das cores complementares faz com que a pintura apresente um grande efeito de vibração cromática. Já Objeto Rítmico n. 2, da década de 1970 é uma composição com formas geométricas regulares, que se alternam em amarelos e pretos. O conjunto, pela simetria e repetição de um padrão gráfico, oferece ao espectador a ilusão óptica de um movimento em espiral.

Em pinturas mais recentes, o artista explora ainda a oposição entre pequenas áreas de luz e de cor e amplas extensões cromáticas. Como aponta o artista plástico Claudio Tozzi (1944), as obras de Maurício Nogueira Lima são projetadas a partir de uma geometria sensível e executadas em gestos leves, revelando um trabalho intimista e reflexivo.

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